e agora, João?
você bebia,
você fumava,
você vivia,
você trepava,
e agora, João?
que já não faz
mais nada?
e agora, João?
não faz mais a barba
é só gargalhada
em fralda molhada
e bunda assada.
e agora, João?
quem troca
tua fralda?
e agora, João?
que bunda nova
que nada
você não tem
mais nada.
e agora, João?
seu pau preto
branqueou,
o saco murchou,
o papo chateou,
o sapo não pulou
e agora, João?
quem planta
o feijão?
com o pau branco
e murcho na mão
quer foder a porca
mas não tem porca
você mora na Fossa
e na Fossa, João
não tem porca.
João, e agora?
se você tocasse,
se você gemesse,
se você ainda lambesse
um lagarto
sorridente
se você tentasse,
se você cansasse,
se você endurecesse…
mas você não endurece,
você é mole, João!
sozinho no escuro
você se mata,
mas não revive,
muito menos goza
você brocha, João!
João, por quem?
* no ritmo do “E agora, José?“