O sol brilha falsamente entre as árvores
Seu calor me traz o frio compacto
Com o mesmo gosto, agora grudado no bigode
Doce como um pingo de vela
Mantenho a morte por perto, porque a vida é inalcançável
Não é bem um caso de amor, nem doença
Como posso dizer, talvez um desvio
No máximo um ritmo diferente
Uma anomalia disforme e pragmática
Poeticamente inválido
Risos sanguinários, falta de ar, peidos suspeitos
Meu tempo é um cadáver exposto
Escrevo o último poema todas as noites
As barbaridades fazem carreata no velório
Resignado, martirizado
Quando a última luz beliscar nossas bundas
Então, poderemos finalmente dormir com a companhia de todos
Ao som dos reféns tocando harpas
Designados a rolar em uma corda bamba
Por vidas e vindas
Feridos são os homens que descansam