Cuspe na faca, parábola franca
Mão na boca, riso de hiena dois passos pra trás
Gotas do oceano no sal estomacal
Afundo e estico as pernas
No labirinto da rapsódia que pretendo escrever
Se o sopro esvaziar meus bolsos
Geléia de morango na boca
Pinta, uma pinta que mais parece o Coliseu
Visto da Lua
O som é o charme das estrelas
Essa névoa meu bem, é a distância que mantemos da corda
Duas portas, um destino
Cheiro diurético da grama
O gladiador corta a garganta
Com o estilhaço do espelho de Narciso
Mas já limparam a calçada
Sigo
Esse caminho entre os pinheiros
Cheio de armadilhas nas dobras das olheiras
O Sol tenta aparecer na sombra de um peixe
Vazio soberano, tinta fresca na ferida
Como dizem os mágicos: “Não é como, e sim quando?!”
Sêmenstério