Mostarda

Você, donzela do fogo
Deixe-me em paz
Homens na contramão não são ultrapassados nem seguidos
Enquanto procura danos menores
Busco goles e ecos
Sua pele macia tem borboletas e frases
Minha pele velha tem manchas e só
Entendo que sua carne precisa tremer
Mas sou operado cada vez que entorpeço
Em ninhos remotos
Deixe-me donzela do fogo
Recolha sua calcinha vermelha dada
Vista-a
Seque os mamilos
Peça-me para não olhar
Desligue a luz
Deite-se ao meu lado e regurgite aquele mantra
Esconda-se e implore
Mais e mais
Do que já tem
Não é suficiente
Sabemos
Por pior que seja
Enfim,
Estamos corretos
E com frio

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