Crianças felizes proibidas de cantar
Fazem buraco na areia
Em silêncio
Para não despertarem pássaros pedófilos
Mas o buraco é pequeno para entrar
Então elas mijam nas calças por alguns centavos
Elas suam por proteção
E seus amigos guardam segredo
Até que apertem os seios da sua namoradinha
Ela vira de bunda e aceita uma passadinha de mão longa
Corre pra casa
E quem passou a mão fica com a cara de quem inventou a bicicleta
O vizinho é mais velho e faz de tudo pra conhecer a prima
Em troca oferece revistas de mulheres nuas
Então descobre que seu pai tem melhores
Escondidas junto com o revólver
Ninguém sabe o que assusta mais
Apenas descobre-se fraco demais para puxar o gatilho
Mirando nas flores e nos álbuns
Seus brinquedos caem na ratoeira
Felizmente já tinha um rato
E o corpo é uma névoa de inocência
Erupções de água
Na maior putaria imaginada
Cuecas mapeadas
Calcinhas lacradas
Medo deficiente
As portas rangem
E o diabo finalmente aparece
E esclarece