Após poucos minutos, com as cortinas fechadas para a montagem do segundo cenário e as luzes acesas, o mesmo bêbado que surgiu durante o Ato, surge pelo lado, na frente das cortinas, com a garrafa de plástico na mão e meio confuso olhando para as cortinas. Ele cambaleia, coça a cabeça, olha em direção à plateia, olha para as cortinas fechadas, dá um gole na cachaça, e estupefato vai dizendo coisas do tipo: “Mas que diabos?!”, “Tinha uma praça aqui”, “Cadê a praça?”. Cambaleando vai até a divisa das cortinas e bota só a cabeça pra investigar. Continua olhando pra dentro: “Ei, você, não tinha uma praça aqui?”, “Ei, ei, ei”. Ele entra para trás das cortinas e prossegue procurando a praça, conversando supostamente com quem organiza o próximo cenário. Esbraveja: “Tinha uma praça aqui!”. Surge a voz de um homem, que parece interagir com o bêbado: “O camarada, me ajuda aqui a levantar essa geladeira”. O bêbado responde: “Não, não quero trabalhar, tô procurando a praça”. O homem rebate: “Larga essa garrafa no chão e pega desse lado aí”. Ambos fazem sons de fazendo força, o bêbado resmungando “Não tinha uma praça aqui?”. Após alocarem a geladeira homem agradece: “Obrigado, camarada”. O bêbado vai transitando por trás das cortinas, ainda falando: “Era aqui, tenho certeza”, “Mas que diabos”. Silêncio por alguns instantes. O bêbado surge do lado oposto de onde entrou, ainda na frente das cortinas fechadas. Ele está usando o chapéu do malabarista do primeiro ato, numa das mãos a garrafa e na outra um facão também do malabarista (deixar visto pro público). Ainda confuso, vagarosamente atravessa o palco até sumir.