Novamente, após alguns instantes, as luzes são acesas com as cortinas fechadas para a montagem do terceiro cenário.
Barulho de porta abrindo e passos apressados na escada.
Barulho de porta fechada com violência.
Personagem que jogou xadrez no primeiro ato, aparece pelo lado do palco na frente das cortinas, andando de costas para à plateia, com a mesma roupa, assustado, parece espiar algo, até que se surpreende e sai correndo para o meio da plateia, se escondendo entre ela. Nesse momento surge a mulher (a mesma da voz do início do segundo ato) com uma faca na mão, pelo mesmo lugar de onde saiu o personagem escondido. Ela vai se dirigindo para o meio do palco, observando a plateia, procurando seu suposto marido que ainda está infiltrado entre o público. Ela esbraveja: “Eu te acho vagabundo, pensa que não te vi jogando xadrez na praça? Não ia procurar emprego, seu safado??”. Personagem responde: “Eu procurei, parei na praça para ensinar uma criança jogar, oras, qual o problema?”. O bêbado, de alguma forma aparece perto do personagem e pergunta com sua voz enrolada: “Amigo, onde fica essa praça que ela tá falando?”. Personagem responde com raiva: “Fica quieto!”. A mulher percebe onde está seu marido e grita: “Eu te mato!”. O personagem sai correndo pela entrada do teatro, a mulher sai correndo atrás dele, e o bêbado sai junto, cambaleando.