Espectrorante

Alimentando as águas
Com iscas de peixe
Afogando os raios
Com isopor em lata
Entregando ao desenhista seu retrato feito a mão
Na plena galeria de pinturas em borracha
Ao vivo, um lampejo histérico insular organizado
De olhos especificamente cardíacos
Na aurora servida em casca sobre a pedra de roseta
Espectrorante
Cativo e batizado
No toque de recolher aos catarros siameses
Rebanho único na ponta do lápis
Aqui jaz sua obra
Acolhemos a loucura assim como ela nos acolhe
Desenhamos a inconfundível voz do vento
Que nos eleva no primeiro sopro
Assim,
Um poeta fantasma
Um poema cuspido

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