Floresta refletida em roxo sobre as casas amarelas, rosas, alaranjadas
Através de uma cortina branca que balança na janela marrom semiaberta
A escuridão vaga sobre os gritos das crianças que ninguém vê
É mesmo uma luz aquilo que noto atrás da bananeira?
O barulho dos carros pipocam nas esquinas que ninguém está
Esse martelo e sua sagrada tábua com seu ritmo tão lento, batidas como um coração de elefante, o coração de um leão, o coração de um homem, que ninguém ouve
Tão perto a terra exalta a chegada dos morcegos, nessa noite que alguém quer
Declamação: Posfácio
alteradatarde
assisto
ao filme pela quinta
vez e pela quarta-feira
ainda hoje
vejo a mesma toupeira
desnudar-se
alguém pode
por favor me dizer
o que foi que tomei?
ou ao menos
qual é
a dela?
Declamação: FOTOGR.
O pequeno pônei ( IX )
Sonhando
Em ser cavalo
Retificou
Um V8
Declamação: martelando
Marcos Antônio, nosso grande camarada do Palavra’s Concórdia, declamando o poema “martelando” direto do livro estrAbismo.
Aproveite e conheça, através do facebook, youtube ou instagram, o belíssimo trabalho do Marcos.
19ª Edição da Revista LiteraLivre
Na 19ª Edição da Revista LiteraLivre, Eduard Traste participa com o poema “RECICLAGEM“.
humanidade
no lixo
no final
lá no chorume
eis o que resta
de nós..
Declamação: A revolução dos buchos
TEKIRA
estávamos lá
Eu e todos os outros
Eus
sim, não sei como
mas conseguiram
reuniram todos
até quem morava longe veio
muitos que acreditávamos
mortos estar
também apareceram
parecia distribuição de vale litrão
não dava pra entender
até que Eu
taquei-me-tequila
de cima abaixo e logo disse
que dali ninguém saía vivo
foi quando tive minha total atenção
ou quase isso
alguns tremiam, outros babavam
alguns apenas rastejavam
mas tudo bem, tudo bem
foi o que sempre fizeram
então continuei com meu discurso
a todo meu ser desleixado
e foi digno por alguns minutos
até que não aguentando mais
e sendo mais do que Eu
queimei todos nós
em uma grande salva
de fogos